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Paraíba participa de mobilização mundial de enfrentamento à violência contra a mulher
Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Poder Judiciário, Patrulha Maria da penha, Guarda Municipal, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, Assembléia Legislativa, entre outros órgãos públicos da Paraíba foram às ruas na noite desta sexta (06) em blitzens que percorreram bares, restaurantes, praças públicas e outros locais de grande movimento em João Pessoa para difundir e tirar dúvidas sobre a Lei Maria da Penha.
A ação faz parte do evento conhecido como “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”. Esse movimento acontece em todo o mundo e na Paraíba ganhou alguns dias a mais – começou no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Em João Pessoa, as equipes da Coordenação das Delegacias da Mulher na Paraíba (Coordeam) se concentraram na Central de Polícia e saíram em caravana pelos bairros do Geisel, Cuiá, José Américo, Mangabeira, Bancários, Castelo Branco, Miramar, Tambaú e Bessa.
Participaram do ‘corpo a corpo’ com a população a delegada geral adjunta da Polícia Civil, Cassandra Duarte; a coordenadora das Delegacias da Mulher, delegada Maísa Félix, a secretária da Mulher e Diversidade Humana, Gilberta Soares; representantes do Poder Judiciário, entre outras autoridades.
Independente do movimento “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres “, ações desse tipo acontecem cotidianamente em João Pessoa e outros municípios paraibanos. A Polícia Civil realizada durante o ano todo ações educativas como palestras e distribuição de panfletos em terminais de ônibus, escolas, feiras livres, canteiros de construção civil e empresas diversas. “Estamos trabalhando durante todo o ano com atividades ininterruptas pelo combate à violência contra a mulher”, destacou a delegada Maísa Félix.
As Delegacias da Mulher fazem parte de uma rede de enfrentamento à violência doméstica, que é formada não só pela Secretaria da Segurança e Defesa Social, mas inclui a Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, o Ministério Público, Universidade Estadual da Paraíba, entre outras instituições parceiras.
A caravana está percorrendo diversos municípios em todas as regiões da Paraíba para esclarecer a população sobre a Lei Maria da Penha e reciclar servidores das Delegacias para um atendimento humanizado à mulher vítima de violência. “Temos o projeto Tecendo Redes, do qual fazemos parte com outras Secretarias e instituições para levar conhecimento e ampliar nossa rede de atendimento em todo o Estado”, disse a delegada Maísa Félix.
A campanha já percorreu cidades como Campina Grande, Sousa, Cajazeiras, Patos, Pombal, Uiraúna, São José de Piranhas, São Vicente do Seridó, Sapé, Riachão do Poço, Sobrado, Bananeiras e vários outros municípios paraibanos, sempre levando profissionais multidisciplinares para palestras e oficinas nessas localidades.
“Nosso objetivo é dar continuidade a essas ações não só na Capital, mas em todo o Estado da Paraíba, para que cada vez mais a população tenha conhecimento e consciência de que a violência contra a mulher e qualquer tipo de violência ou preconceito são crimes. Todo e qualquer tipo de violência deve ser denunciado ainda nos primeiros atos”, concluiu.
A campanha
A campanha é uma mobilização global da sociedade civil que, no Brasil, é um pouco maior: começa no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A ideia é sensibilizar, mobilizar o ativismo e compartilhar conhecimento e inovação para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo.
Violência contra as mulheres e de gênero
Existem diversas formas de violência contra as mulheres. As mulheres trans, lésbicas e bissexuais vivem situações violência por estarem fora da “norma” ditada pela sociedade em que vivemos. No caso das mulheres negras, o racismo, que está na base da nossa sociedade, também se manifesta através da violência em diversas situações.
Violência doméstica
“Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” (Lei Maria da Penha – 11.340/06).
Denúncia, atenção e acolhimento
Se não existir Delegacia Especializada da Mulher (DEAM) na sua cidade, procure a delegacia de polícia mais próxima. Denuncie qualquer situação de violência! Você pode salvar uma vida!
197 (denúncia anônima) Polícia Civil
190 (emergência) Polícia Militar