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Policial enfrenta homem furioso e armado com faca e salva vida de gestante

publicado: 18/04/2021 19h18, última modificação: 18/04/2021 12h16
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Foi durante um expediente normal de trabalho que a agente de investigação da Polícia Civil da Paraíba, Patrícia Dutra, enfrentou a situação mais desafiante de sua carreira. Ela trabalhava na Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, quando ouviu um grito pedindo socorro.

 

Era uma mulher grávida sendo atacada pelo ex-companheiro no interior da unidade policial. O homem havia sido denunciado e intimado a prestar depoimento. Minutos antes de ser ouvido, resolveu atacar a ex-companheira que também estava no local.

 

O fato ocorreu no dia 8 de maio de 2018. Mas ainda permanece aceso na memória da policial.

 

“Quando eu corri para ver o que acontecia, vi um homem armado com uma faca e tentando a todo custo matar a mulher, que estava gestante, caída ao chão e bastante ferida. Precisei agir rápido. Saquei minha arma e dei ordem para ele soltar a vítima. Mas o homem não obedecia”, lembra a agente.

 

Patrícia possuía segundos para calcular bem a situação, antes de fazer qualquer disparo. Por causa da posição da vítima, havia o risco do tiro atingir a gestante. Por isso, a policial apontou a arma em direção às pernas do agressor e disparou duas vezes. Ele não ficou ferido, mas se assustou e soltou a vítima e a faca.

 

“Eu me aproximei com cuidado. Chutei a faca para longe e algemei o homem. A mulher já estava bastante ferida e sangrando muito. Outros policiais chegaram e conduzimos a vítima para o hospital. Foi uma correria grande, mas ela sobreviveu. O ex-companheiro dela foi preso em flagrante e autuado por tentativa de feminicídio”, conta Patrícia.

 

Formada em Fisioterapia, Patrícia sempre viu na área de segurança pública um meio de ajudar as pessoas. Inicialmente, trabalhou na Guarda Municipal de João Pessoa e. em 2015, ingressou na Polícia Civil. Cerca de três anos depois, já se viu obrigada a colocar em prática os ensinamentos que recebeu na Acadepol.

 

Apesar dos perigos, a jovem afirma que a profissão também é cercada por recompensas. “Aquela mulher estava grávida. Eram duas vidas correndo risco. Eu não pensei nos riscos que eu poderia correr. Só pensava em salvar a vida daqueles dois inocentes e resolvi agir. Isso é o tipo da coisa que dá muito orgulho de ser policial civil”, declarou a jovem.

 

Em 21 de abril é comemorado o Dia do Policial Civil e Militar. A data é uma homenagem a profissionais que se arriscam diariamente para defender a lei e a sociedade.

 

Assessoria de Imprensa. Polícia Civil da Paraíba